quinta-feira, 4 de abril de 2013

Bertioga realiza Festival Nacional da Cultura Indígena


Foto e slide: Renata de Brito / Prefeitura de Bertioga



De 19 a 21 de abril, a cidade de Bertioga realiza o Festival Nacional da Cultura Indígena. Este ano, 160 indígenas, de quatro etnias das regiões Norte e Centro-Oeste do país, além da anfitriã Guarani, mostrarão um pouco das belezas de suas culturas. Estarão presentes os Nambikwara, Paresi halíti e Waurá, do Mato Grosso, e Kanela Rãkakomekra, do Maranhão.

No ano passado, mais de cinco mil pessoas compareceram à abertura do evento e a expectativa dos organizadores é de que este ano esse número seja superado.

A exemplo dos últimos anos, o evento contará com uma ampla infraestrutura. Será montada uma tenda na Praça de Eventos, ao lado do Parque dos Tupiniquins, com arquibancada para o público, onde acontecerão as apresentações e cerimônias. Além das apresentações das tradições, usos e costumes das cinco etnias, o evento contará com o Fórum Social Indígena e feira de artesanato.

O evento é organizado pela Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, com apoio do Comitê Intertribal – Memória e Ciência Indígena (ITC). 


Conheça um pouco sobre as etnias

Guarani
Também conhecidos como Ava-Chiripa, Ava-Guarani, Xiripa ou Tupi-Guarani, é considerado um dos povos mais populosos do Brasil, somando mais de 30 mil índios.  Em Bertioga estão na reserva indígena Rio Silveira, na divisa com o município de São Sebastião, mas existem reservas espalhadas por todo país. Os Guarani vivem basicamente da agricultura, através do plantio do arroz, da mandioca, entre outros alimentos. Suas danças, cantos e rituais são direcionados ao Deus Tupã, pedindo proteção às pessoas e à natureza.

Nambikwara - Aldeia Sapezal
Famosos na história da etnologia brasileira por terem sido contatados “oficialmente” pelo Marechal Rondon e por terem sido estudados pelo renomado antropólogo Claude Lévi-Strauss, os Nambiquara vivem hoje em pequenas aldeias, nas altas cabeceiras dos rios Juruena, Guaporé e (antigamente) do Madeira. Habitam tanto o cerrado, quanto a floresta amazônica e as áreas de transição entre esses dois ecossistemas. Os Nambiquara, no passado, ocuparam uma extensa região e se caracterizaram pela mobilidade espacial. 

Paresi halíti - Aldeias- Campo Novo do Paresi
Os Paresí têm uma antiga história de contato com os não-índios. As primeiras referências feitas a eles datam do fim do século XVII e, desde então, o contato foi se intensificando e gerando consequências muitas vezes devastadoras para o povo. Atualmente, os Paresí mostram-se preocupados em manter seus costumes e com a recuperação de outros aspectos que consideram importantes para a manutenção das suas práticas socioculturais, tendo em vista todas as consequências sofridas ao longo da sua história com os não-índios.

Kanela Ramkokamekra - Aldeia Escalvaldo
Canela é o nome pelo qual ficaram conhecidos dois grupos Timbira: os Ramkokamekrá e os Apanyekrá. Até a década de 1940, os Ramkokamekrá tinham menor contato com a sociedade nacional e com outros grupos indígenas do que os Apanyekrá. Depois disso, a situação inverteu-se. Atualmente, os grupos têm sofrido uma forte interferência por parte de outros grupos indígenas. Em contrapartida, têm procurado manter a autonomia de suas atividades produtivas e vida cultural, expressa por uma complexa vida ritual, práticas xamânicas e intrincada organização social.

Waurá - Aldeia Alto Xingú
Habitantes do Parque Indígena do Xingu, os Waurá são notórios pela singularidade de sua cerâmica, o grafismo de seus cestos, sua arte plumária e máscaras rituais. Além da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos permeiam sua concepção de mundo e são cruciais nas práticas de xamanismo.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Bertioga

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