Foto e slide: Renata de Brito / Prefeitura de Bertioga |
De 19 a 21 de abril, a cidade de Bertioga realiza o Festival Nacional da Cultura Indígena. Este ano, 160 indígenas, de quatro etnias das regiões Norte e Centro-Oeste do país, além da anfitriã Guarani, mostrarão um pouco das belezas de suas culturas. Estarão presentes os Nambikwara, Paresi halíti e Waurá, do Mato Grosso, e Kanela Rãkakomekra, do Maranhão.
No
ano passado, mais de cinco mil pessoas compareceram à abertura do evento e a
expectativa dos organizadores é de que este ano esse número seja superado.
A
exemplo dos últimos anos, o evento contará com uma ampla infraestrutura. Será
montada uma tenda na Praça de Eventos, ao lado do Parque dos Tupiniquins, com
arquibancada para o público, onde acontecerão as apresentações e cerimônias. Além
das apresentações das tradições, usos e costumes das cinco etnias, o evento
contará com o Fórum Social Indígena e feira de artesanato.
O
evento é organizado pela Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de
Turismo, Esporte e Cultura, com apoio do Comitê Intertribal – Memória e Ciência
Indígena (ITC).
Conheça
um pouco sobre as etnias
Guarani
Também
conhecidos como Ava-Chiripa, Ava-Guarani, Xiripa ou Tupi-Guarani, é considerado
um dos povos mais populosos do Brasil, somando mais de 30 mil índios. Em
Bertioga estão na reserva indígena Rio Silveira, na divisa com o município de
São Sebastião, mas existem reservas espalhadas por todo país. Os Guarani vivem
basicamente da agricultura, através do plantio do arroz, da mandioca, entre
outros alimentos. Suas danças, cantos e rituais são direcionados ao Deus Tupã,
pedindo proteção às pessoas e à natureza.
Nambikwara
- Aldeia Sapezal
Famosos
na história da etnologia brasileira por terem sido contatados “oficialmente”
pelo Marechal Rondon e por terem sido estudados pelo renomado antropólogo
Claude Lévi-Strauss, os Nambiquara vivem hoje em pequenas aldeias, nas altas
cabeceiras dos rios Juruena, Guaporé e (antigamente) do Madeira. Habitam tanto
o cerrado, quanto a floresta amazônica e as áreas de transição entre esses dois
ecossistemas. Os Nambiquara, no passado, ocuparam uma extensa região e se
caracterizaram pela mobilidade espacial.
Paresi
halíti - Aldeias- Campo Novo do Paresi
Os
Paresí têm uma antiga história de contato com os não-índios. As primeiras
referências feitas a eles datam do fim do século XVII e, desde então, o contato
foi se intensificando e gerando consequências muitas vezes devastadoras para o
povo. Atualmente, os Paresí mostram-se preocupados em manter seus costumes e com
a recuperação de outros aspectos que consideram importantes para a manutenção
das suas práticas socioculturais, tendo em vista todas as consequências
sofridas ao longo da sua história com os não-índios.
Kanela
Ramkokamekra - Aldeia Escalvaldo
Canela
é o nome pelo qual ficaram conhecidos dois grupos Timbira: os Ramkokamekrá e os
Apanyekrá. Até a década de 1940, os Ramkokamekrá tinham menor contato com a
sociedade nacional e com outros grupos indígenas do que os Apanyekrá. Depois
disso, a situação inverteu-se. Atualmente, os grupos têm sofrido uma forte
interferência por parte de outros grupos indígenas. Em contrapartida, têm
procurado manter a autonomia de suas atividades produtivas e vida cultural,
expressa por uma complexa vida ritual, práticas xamânicas e intrincada
organização social.
Waurá
- Aldeia Alto Xingú
Habitantes
do Parque Indígena do Xingu, os Waurá são notórios pela singularidade de sua
cerâmica, o grafismo de seus cestos, sua arte plumária e máscaras rituais. Além
da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante
mito-cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e
os seres extra-humanos permeiam sua concepção de mundo e são cruciais nas
práticas de xamanismo.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Bertioga
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Bertioga
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