domingo, 7 de abril de 2013

Dengue: repelentes, sintomas e tratamento - informação nunca é demais!



O verão já passou, mas os casos de dengue no Brasil continuam crescendo. Por isso, todo cuidado é pouco. Muitas pessoas acham que já sabem tudo sobre a doença e que não há mais nenhuma novidade sobre o assunto. Será mesmo?

Na última terça-feira 2, assistindo ao Programa Bem Estar da TV Globo fiquei bastante surpresa ao ver um teste feito pelos médicos ali presentes. O assunto era a eficácia dos repelentes caseiros contra os insetos. Eles fizeram um teste prático, em um laboratório, passando os tipos de repelentes na pele e colocando a mão em uma caixa com mosquitos do tipo Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Sem repelente algum, em cinco segundos já é possível ver o primeiro ataque. Com a mão protegido com o repelente caseiro à base de cravo, os mosquitos atacaram já nos primeiros 15 segundos. Apenas os repelentes industrializados dão o resultado esperado, afastando os mosquitos.

Então quer dizer que os repelentes caseiros não funcionam? Não é bem assim. Segundo os médicos presentes ao programa, eles apenas têm uma eficácia menor (bem menor), por isso não são indicados em casos em que há surtos – como é o caso da dengue – quando apenas uma picada é suficiente para transmitir a doença.

Vale lembrar que o repelente tem que ser reaplicado. O produto dura na pele entre 2 e 3 horas. E se estiver muito calor e suando muito, esse período diminui.

Claro que a indústria farmacêutica tem seu peso sobre esse tipo de matéria. Portanto, nada de deixar os repelentes à base de plantas e outros ativos naturais de lado. O negócio é atacar para todos os lados e se prevenir. Dengue não é brincadeira!


Sintomas e como se cuidar
Recebi o email de uma leitora, a Helen Adriana de Oliveira, alertando sobre os sintomas da dengue e como agir em caso de suspeita ou para quem já está com a virose. Ela é enfermeira e tem informações preciosas, confira:

Sintomas
Febre alta acompanhada de pelo menos dois sintomas (dores de cabeça, nos olhos, músculos ou articulações, cansaço (prostração) e vermelhidão na pele) são indicativos de dengue. Nos casos mais graves podem ocorrer ainda vômitos, sangramentos, diarreia, dor abdominal, suor excessivo, pele fria e pálida, tontura e agitação.

Sentiu algum desses sintomas associados? Não tenha dúvidas, procure atendimento médico o mais rápido possível!

Hidratação é fundamental no tratamento à dengue
A melhor maneira de enfrentar uma virose como a dengue é manter o organismo bem hidratado. Ingerir bastante líquido evita quedas de pressão e o agravamento do quadro clínico do paciente. Soro caseiro, agua, chás, agua de coco, isotônicos e sucos naturais são os mais recomendados. Mas qual a quantidade que deve ser ingerida quando se está com dengue? Isso depende se o doente é criança ou adulto e também do peso.


Na tabela de hidratação para pacientes com dengue, do Ministério da Saúde, o volume total diário indicado varia de 3 a 4 litros para uma pessoa com 50 Kg, até 6 a 8 litros, para alguém com 100 Kg. Já para criança vai de meio litro (10Kg) até 2 litros (40Kg). “O importante é que um terço deste total seja de soro caseiro”, ressalta Almira Marques, enfermeira da Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica).


Importante!!
Todos os pacientes (adultos e crianças) devem retornar imediatamente em caso de aparecimento de sinais de alerta.
O desaparecimento da febre (entre o segundo e o sexto dia de doença) marca o início da fase crítica, razão pela qual o paciente deverá retornar para nova avaliação no primeiro dia desse período.
Importante: Para seguimento do paciente recomenda-se a adoção do “Cartão de Identificação do Paciente com Dengue”, que é entregue após a consulta e onde constam as seguintes informações: dados de identificação, unidade de atendimento, data de início dos sintomas, medição de PA, prova do laço, hematócrito, plaquetas, sorologia, orientações sobre sinais de alerta e local de referência para atendimento de casos graves na região.


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