O verão já passou, mas os casos de
dengue no Brasil continuam crescendo. Por isso, todo cuidado é pouco. Muitas
pessoas acham que já sabem tudo sobre a doença e que não há mais nenhuma
novidade sobre o assunto. Será mesmo?
Na última terça-feira 2, assistindo ao
Programa Bem Estar da TV Globo fiquei bastante surpresa ao ver um teste feito
pelos médicos ali presentes. O assunto era a eficácia dos repelentes caseiros
contra os insetos. Eles fizeram um teste prático, em um laboratório, passando
os tipos de repelentes na pele e colocando a mão em uma caixa com mosquitos do
tipo Aedes aegypti, o mesmo
que transmite a dengue. Sem repelente algum, em cinco segundos já é possível
ver o primeiro ataque. Com a mão protegido com o repelente caseiro à base de
cravo, os mosquitos atacaram já nos primeiros 15 segundos. Apenas os repelentes
industrializados dão o resultado esperado, afastando os mosquitos.
Então quer
dizer que os repelentes caseiros não funcionam? Não é bem assim. Segundo os
médicos presentes ao programa, eles apenas têm uma eficácia menor (bem menor),
por isso não são indicados em casos em que há surtos – como é o caso da dengue –
quando apenas uma picada é suficiente para transmitir a doença.
Vale lembrar
que o repelente tem que ser reaplicado. O produto dura na pele entre 2 e 3
horas. E se estiver muito calor e suando muito, esse período diminui.
Claro que a
indústria farmacêutica tem seu peso sobre esse tipo de matéria. Portanto, nada
de deixar os repelentes à base de plantas e outros ativos naturais de lado. O
negócio é atacar para todos os lados e se prevenir. Dengue não é brincadeira!
Sintomas
e como se cuidar
Recebi o email de uma leitora, a Helen
Adriana de Oliveira, alertando sobre os sintomas da dengue e como agir em caso
de suspeita ou para quem já está com a virose. Ela é enfermeira e tem
informações preciosas, confira:
Sintomas
Febre alta
acompanhada de pelo menos dois sintomas (dores de cabeça, nos olhos, músculos
ou articulações, cansaço (prostração) e vermelhidão na pele) são indicativos de
dengue. Nos casos mais graves podem ocorrer ainda vômitos, sangramentos,
diarreia, dor abdominal, suor excessivo, pele fria e pálida, tontura e
agitação.
Sentiu algum
desses sintomas associados? Não tenha dúvidas, procure atendimento médico o
mais rápido possível!
Hidratação é fundamental no tratamento à dengue
A melhor maneira de enfrentar uma virose
como a dengue é manter o organismo bem hidratado. Ingerir bastante líquido
evita quedas de pressão e o agravamento do quadro clínico do paciente. Soro
caseiro, agua, chás, agua de coco, isotônicos e sucos naturais são os mais
recomendados. Mas qual a quantidade que deve ser ingerida quando se está com
dengue? Isso depende se o doente é criança ou adulto e também do peso.
Na tabela de hidratação para pacientes
com dengue, do Ministério da Saúde, o volume total diário indicado varia de 3 a
4 litros para uma pessoa com 50 Kg, até 6 a 8 litros, para alguém com 100 Kg.
Já para criança vai de meio litro (10Kg) até 2 litros (40Kg). “O importante é
que um terço deste total seja de soro caseiro”, ressalta Almira Marques,
enfermeira da Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica).
Importante!!
➤ Todos
os pacientes (adultos e crianças) devem retornar imediatamente em caso de
aparecimento de sinais de alerta.
➤ O
desaparecimento da febre (entre o segundo e o sexto dia de doença) marca o
início da fase crítica, razão pela qual o paciente deverá retornar para nova
avaliação no primeiro dia desse período.
➤
Importante: Para seguimento do paciente recomenda-se a adoção do “Cartão de
Identificação do Paciente com Dengue”, que é entregue após a consulta e onde
constam as seguintes informações: dados de identificação, unidade de
atendimento, data de início dos sintomas, medição de PA, prova do laço,
hematócrito, plaquetas, sorologia, orientações sobre sinais de alerta e local
de referência para atendimento de casos graves na região.
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