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A
narrativa começa com a morte inesperada, por um aneurisma cerebral, de Barry
Fairbrother aos 44 anos, morador da pequena cidade imaginária de Pagford. Sua
morte e a vaga no conselho municipal – que tem grande representatividade local –
tornam-se o ponto principal do desenrolar dessa trama. Todos brigam pelo
disputado cargo do falecido, que é um ponto-chave para resolver uma briga territorial (e social) que divide opiniões na cidade.
A
partir daí, afloram as piores intrigas entre seus habitantes. Medos, segredos e
fragilidades são evidenciados no decorrer da narrativa. São mais de 500 páginas
temperadas de intrigas, drogas, marginalidade e preconceito. E a gente lê todas
elas num só fôlego, aflitos para saber o que vai acontecer em seguida.
Questões
como desigualdade social, sexo, adolescência, bullying, ideologias, política e relações familiares
são abordadas com pitadas de humor negro e uma veracidade que chega a causar um
certo desconforto na gente.
O
desfecho da história é bastante trágico. E nos atinge de maneira real. Eu, por
exemplo, quando acabei de ler o livro, tive a sensação de que conhecia todos
aqueles personagens e que havia passado algum tempo na pequena Pagford. Senti
falta de saber dos próximos acontecimentos.
Por
isso é que J. K. Rowling é esse incrível fenômeno literário. Aos 47 anos é uma
das mulheres mais ricas do mundo. Autora de "Harry Potter", que
vendeu mais de 450 milhões de livros em todo o mundo, Rowling foi professora de
escola pública, uma profissão que lhe deu, segunda ela, grande experiência para
escrever seu primeiro trabalho para adultos, um drama ao estilo do século XIX,
mas em versão moderna, como diz a própria autora.
Aos mais
desavisados, atenção! Morte Súbita não tem nada em comum com Harry Potter, apesar
dos melhores momentos da trama envolver os habitantes mais jovens de Pagfort,
são livros totalmente diferentes, inclusive na linguagem.
Para
quem ficou curioso, segue o primeiro capítulo do livro, como tira-gosto:
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