Foto: Marcos Pertinhes / Prefeitura de Bertioga |
Cinco das nove cidades da Baixada Santista decretaram estado de epidemia de dengue nas últimas semanas. Foram confirmados 6.685 casos em toda a região neste ano e ao menos uma morte foi causada pela doença -outras quatro estão em análise.
A epidemia é determinada na confirmação de 100 casos para cada 100 mil habitantes. A situação mais preocupante está em Santos que registrou até agora 3.295 casos e enfrenta o mais grave surto desde 2010, quando teve 5.641 casos no mesmo período.
A cidade, que iniciou nesta semana o serviço de nebulização, tem uma morte confirmada, de um idoso de 76 anos, e outra suspeita.
No Guarujá, que tem 367 casos confirmados e também decretou situação de epidemia, militares vêm integrando equipes de combate aos focos do mosquito, a pedido da administração local.
Os outros municípios da Baixada Santista em situação epidêmica são Praia Grande (1.762 casos), Cubatão (736) e São Vicente (398).
Para agilizar o atendimento, o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado) orientou os profissionais de saúde da região a dar atenção a todos os pacientes que apresentarem febre aguda acompanhada de outros dois sintomas da doença.
O total de casos suspeitos de dengue no país quase quadruplicou nos três primeiros meses de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado. O número de mortes, contudo, aumentou apenas marginalmente e os casos graves diminuíram.
Segundo balanço apresentado pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde) ontem, 108 pessoas morreram em consequência da dengue nas 12 primeiras semanas do ano.
O dado supera as 102 mortes registradas no mesmo período de 2012, mas está distante do observado nos anos anteriores -306 mortes em 2010 e 236 em 2011.
Os casos suspeitos de dengue, nos três primeiros meses do ano, ultrapassaram 635 mil, contra 167,3 mil no mesmo período do ano passado.
O total de casos graves (internação) em 2013 se manteve inferior aos do passado. Até 23 de março, foram 1.243.
Bertioga
Bertioga já registra 106 casos confirmados de dengue. O número ainda não representa epidemia de acordo com o método de cálculo estabelecido pelo o Ministério da Saúde. Porém, a cidade tem atuado fortemente no combate e na prevenção da doença.
De acordo com o secretário de Saúde, Manoel Prieto Alvarez, a medida é necessária em virtude de Bertioga estar em uma região conturbada, pois toda malha urbana das cidades da região é unificada, inclusive com a cidade de Santos, que já declarou epidemia.
A Secretaria de Saúde alerta: mesmo fazendo o teste rápido da dengue, realizado no laboratório do Hospital Bertioga e Laboratório Itapema, é necessário o retorno do paciente após o sexto dia aos laboratórios para fazer o exame de sorologia, que é encaminhado para o Instituto Adolpho Lutz.
Esse exame vai detectar se realmente o paciente está com o vírus. O secretário garante que a Saúde em Bertioga está equipada para dar todo amparo à população, mas apela: “precisamos, também, que todos colaborem limpando seus quintais e retirando tudo o que pode gerar criadouro do mosquito”.
A prefeitura reforçou as visitas casa a casa para orientar a população sobre medidas preventivas. Na maioria das vezes, os focos estão dentro das residências e passam despercebidos. Desde dezembro do ano passado, a coordenadoria realiza a verificação de criadouros e a nebulização nos bairros, inclusive em volta de residências onde há maior número de casos suspeitos ou positivos.
Fontes: A Folha de São Paulo 04/04/2013 e Diretoria de Comunicação da Prefeitura de Bertioga
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